sábado, 10 de dezembro de 2011

Green Day - Who Wrote Holden Caulfield? (Awesome As Fuck, Live CD)

Depois de uma caça em milhões (três) livrarias, finalmente achei pelo (absurdo) preço de R$59,90, o livro que encabeçava minha WISHLIST de férias. Muita gente fala desse livro, principalmente (e infelizmente) pelo fato de o assassino do John Lennon, Mark David Chapman, carregar um exemplar desse livro no dia em que o crime, ou até mesmo atirador que tentou matar o presidente Reagen ter alegado que se inspirou na obra de J.D. Salinger para cometer o crime.
Triste que o livro tenha tanta notoriedade devido a esses trágicos eventos, porque é um livro fantástico. Foi um dos primeiros livros a retratar os dramas adolescentes, e fez isso de maneira fantástica. Mesmo tendo sido publicado em 1945, é possível perceber várias semelhanças com o modo de pensar e agir dos jovens do século XXI. Tão semelhante é o comportamento de Holden Caulfield com o de um adolescente de 17 anos que vive nos anos 2000 que fica difícil imaginá-lo com roupas da época e em um cenário da década de 40.
O livro narra um fim-de-semana na vida de Holden Caulfield, um jovem de 17 anos, de Nova York, que acaba de ser expulso do colégio interno Pencey. O narrador personagem inicia a história contando como convivia com seus colegas e professores onde estudava, e toda a narrativa é cercada de flash backs um tanto quanto deprimentes, e retrata como Holden lida com seus amigos, sua família e com a morte de seu irmão mais novo, Allie.
É claro que cada leitor tem seu jeito de lidar com seus livros, suas histórias e seus personagens, e eu ainda não sei como é o MEU jeito de lidar com isso. Geralmente eu sou invadida por uns sentimentos do tipo "quero ser ele" ou então eu fico querendo conhecer o personagem, ser amigo dele ou qualquer coisa do tipo. Com Holden, foi diferente. Eu me senti ele durante grande parte da obra, e acho que isso é porque eu compartilho com ele a forma de ver o mundo (que alguns dizem ser pessimista, mas eu acho que é simplesmente realista), e ao mesmo tempo queria ser amiga da fofíssima da irmã dele, a Phoebe (meio difícil pensar nela sem lembrar da Phoebe Phoebe de Friends, né).
Impossível também não acabar de ler o livro e começar a falar igual ao Holden, no duro. Acabei recebendo uns olhares esquisitos por falar desse jeito, mas faz parte.
É um livro muito bom, ele realmente cativa quem está lendo com a forma de descrever os acontecimentos e os sentimentos do personagem principal. Apesar de ter ficado absolutamente fascinada com a obra, achei a tradução MUITO pecaminosa, isso me deixou deprimida pra diabo. É evidente que não se deve deixar de ler essa obra prima por causa disso, mas vou procurar a versão original pra comparar.
Eu poderia passar horas falando sobre como fiquei apaixonada pela história (e pelo Holden), mas não quero dar nenhum tipo de spoiler (mais do que eu já dei).
O Apanhador No Campo De Centeio inspirou muitos artistas (além dos assassinos e coisa e tal), como por exemplo o Billie Joe Armstrong, vocalista do Green Day, que compôs a música Who Wrote Holden Caulfield? e o Guns N' Roses, que colocou a música Catcher In The Rye em seu 10-anos-esperado álbum Chinese Democracy.

Tenho uma mania esquisita de marcar as frases que eu mais gosto em um livro e eu vou colocar algumas aqui.

"-E a vida é um jogo, meu filho. A vida é um jogo que se tem de disputar de acordo com as regras.
-Sim, senhor, sei que é. Eu sei.
Jogo uma ova. Bom jogo esse. Se a gente está do lado dos bacanas, aí sim é um jogo - concordo plenamente. Mas se a gente está do outro lado, onde não tem nenhum cobrão, então que jogo é esse? Qual jogo, qual nada."

"O problema com as garotas é que, quando elas gostam de um camarada, por mais sacana que seja, dizem que ele tem um complexo de inferioridade, e, se não gostam dele, por melhor que o cara seja ou por maior que seja o tem complexo de inferioridade, chamam ele logo de mascarado."

"É engraçado. A gente nunca devia contar nada a ninguém. Mal acaba de contar, a gente começa a sentir saudade de todo mundo."

E, de novo, teria mais um monte de frase bacana pra colocar, mas não quero estragar nenhuma surpresa.

5 Estrelinhas, e entrou pro TOP 3.

domingo, 9 de outubro de 2011

Absurdos à solta nesse mundo


No mês passado eu passei pela experiência provavelmente mais estranha da minha vida (até agora): assisti ao filme mais sem noção de todos os tempos.
"A serbian film" foi indicado por uma pessoa igualmente sem noção, mas que tem um certo crédito comigo, então resolvi dar uma olhada. E que olhada... O diretor sérvio Srdan Spasojevic simplesmente decidiu colocar tudo que há de errado no mundo em cenas cinematográficas. Me permitam até usar o clichê: é realmente um show de horror. A obra abrange os seguintes "tópicos": estupro, tortura, pedofilia, necrofilia, abuso sexual de crianças, sequestro e por aí vai.
É um pouco perturbador pra mim tentar imaginar o que se passa na mente de alguém que pensou esse filme, cada detalhe. Como pode? Esse cara deve ser muito louco mesmo. Na verdade, os caras. Foram os três sérvios Aleksandar Radivojevic, Srdan Draqojevic e Marija Stanosevic que fizeram o roteiro da coletânea de absurdos. Talvez eles gostem dessas atrocidades.
Talvez eles queriam/queiram mostrar para o mundo que tudo isso realmente acontece e que algo precisa ser feito. Mas se o objetivo for esse último, eles tentaram da maneira errada, já que o filme foi censurado praticamente no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Mas agora pensem... Esse filme, na minha opinião, acaba com a imagem da Sérvia no mundo inteiro. Pelo menos eu fiquei bem abalada e pensando que todos os sérvios fazem aquelas coisas. Eu sei que é muita ignorância e estereótipo, mas é inevitável.
Mas acho que para cada um julgar melhor e mais "fielmente" (se é que existe isso) é só assistindo. Mas também tem aquela dica muito óbvia: quem não tem estômago pra sangue e gritos, não assista.



Por: Bruna Aguiar




terça-feira, 24 de maio de 2011

Panic! At The CD

Sempre adorei teorias conspiratórias e mensagens subliminares, e não posso falar disso sem ter em mente a frase do célebre V: "Não existe coincidência, apenas a ilusão de uma coincidência."
É óbvio que, até agora, o post não faz sentido. Vou explicar.

Sou fã declarada de Panic At The Disco, e curto (muito) os dois tipos de música que a banda fez ao longo da carreira. Tanto o rock alternativo (e subjetivo) do álbum de estreia A Fever You Can't Sweat Out, que voltou no último lançamento de Brendon Urie e seu baterista Spencer Smith, Vices And Virtues, quanto o calminho (e ao mesmo tempo psicodélico) rock de Pretty. Odd, que, segundo o próprio vocalista, foi inspirado no som de sua banda favorita, The Beatles.
Outro dia, estava futricando esse vasto mundo virtual e achei essa imagem:
Fiquei completamente em choque quando eu descobri que duas músicas do primeiro álbum do P!ATD tem seus nomes tirados dessa frase da personagem Alice (Natalie Portman) do filme Closer: Lying Is The Most Fun A Girl Can Have Without Taking Her Clothes Off e But It's Better If You Do. Ryan Ross, antigo guitarrista da banda, escreveu ambas as músicas em homenagem à atriz que dá vida à Alice após assistir o longa.
Mas não para por aí...
Todo o CD é recheado de referências a obras de outras pessoas, como por exemplo:
- A faixa London Beckoned Songs About Money Written by Machines tem seu nome inspirado na frase "extremely torrid tunage from London beckoned-songs about money written by machines", do livro Shampoo Planet, de Douglas Coupland.
- A canção Camisado apresenta fortes referências ao livro Fight Club de Chuck Palahniuk e é também referente à luta do pai de Ryan Ross contra o alcoolismo.
- O título de I Write Sins Not Tragedies provavelmente a música mais conhecida de todo o repertório, foi retirado da frase "what I write are not sins, I write tragedies", também do livro Shampoo Planet, de Douglas Coupland.
- A faixa Time To Dance foi totalmente baseada na obra Invisible Monsters, também de Chuck Palahniuk.
Dentre outras...

Se você já conhece a banda, vale a pena escutar com atenção e, quem sabe encontrar mais referencias subliminares a outras obras culturais. O mesmo vale para aqueles que não conhecem o som, adicionando que, na minha opinião, não haverá arrependimento.
O termo "Build God, Then We'll Talk" é uma citação do livro Choke, de Chuck Palahniuk, e a melodia da música é derivada da sátira The Sound Of Music, assim como sua letra.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Essa vida ocupada...


E a gente que achou que não podia ficar pior, ein? A cada ano que passa a gente tem que se matar de estudar mais e mais, e não sobra tempo pra nada, nem pra atualizar nosso lindo e amado blog *todos chora*
Então pra você, que está desocupado a ponto de estar lendo isso, só te recomendo uma coisa: desliga o computador e vai assistir Fight Club, porque esse é simplesmente o filme mais legal do mundo, e eu tenho mantido relações sociais somente com pessoas que já assistiram essa obra de arte. Ok, essa parte é brincadeira. Mas sério, assistam.


E se mesmo assim você não se convenceu de que TEM que assistir o filme, te dou quatro simples razões:
- Brad Pitt sem camisa (vai que te empenha, né...)
- É daí que vem a tatuagem no peito do PC Siqueira (eu costumava ser bem desocupada mesmo pra saber disso)
- Você vai se sentir maluco por ver coisas bizarras na tela (então pisque com um olho de cada vez enquanto estiver vendo)
- E se nada disso funcionar, eu tenho certeza de que você vai achar uma frase legal pra colocar no perfil do orkut.



PS: um dia eu JURO que vou tentar fazer uma resenha desse (e de outros) filmes pra colocar aqui.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Eu e a felicidade

Afinal, o que é a felicidade? É, todo mundo se questiona e essa pergunta já está batida, eu acho. Mas outro dia surgiu essa discussão na aula de inglês e foi quando eu realmente parei pra pensar sobre isso. É impossível definir o que é a felicidade, é uma coisa muito pessoal. Se formos analisar fria e secamente, uma pessoa que tem casa própria, escolaridade boa, família, amigos e não passa fome é uma pessoa feliz (na minha opinião né). Mas aí você repara que simplesmente TODO MUNDO reclama da vida (generalizando). É quase impossível achar uma pessoa completamente satisfeita com sua vida o tempo todo, isso não existe.
Não importa o quanto você tente colocar na cabeça que tem uma vida boa, você sempre vai encontrar algo para reclamar, afinal o seres humanos não são perfeitos. E, na maioria das vezes, as coisas das quais reclamamos são tão bobas. "Ai, não vou poder sair hoje". "Acabou o chocolate". Nessas horas de reclamação eu lembro de um livro que já li chamado Pollyana. No livro a personagem Pollyana, que é apenas uma garotinha, parece saber muito mais da vida do que qualquer um. Ela joga um jogo eterno, que ela intitula "a vez do contente". É muito simples jogá-lo: basta ver o lado bom de TODAS as coisas. "Ah, mas nem tudo tem seu lado bom". Tem sim, se você não tiver preguiça de procurar. Acho que se todo mundo pelo menos tentasse jogar a vez do contente, seria mais feliz.
Mas enfim, depois de pensar sobre isso tudo eu fui refletir sobre o que me faz feliz. Fiz uma lista bem grande:
- amigos
- família
- roupas
- sapatos
- esmaltes
- piadas
- risadas
- sorrisos
- festa
- viagens
- chocolate
- sucrilhos
- miojo
- livros
- filmes
- tumblr
- música
- twitter
- youtube
- pupe
- omgpop
- fotos
- shoppings
- perfume
- balas
- pirulitos
- rocambole
- laços
- lojas
- lugares bonitos
- arte
- cabelo (meu ne)
- pessoas desconhecidas
- cachorros
- alpacas
- gatos
- joaninhas
- xinxilas
- coelhos
- montanhas
- neve
- frio
- inverno
- plantas
- papel
- lapizeira
- caneta
- tinta
- mãos
- olhos
- água
- tesouras
Cansei, chega né? Haha. Então, eu vi que MUITA coisa me faz feliz, mesmo sendo simples. Eu percebi que não me falta nada, que eu estou completamente realizada e que o que eu conquistar à mais é bônus de felicidade. Agora eu pergunto à você, leitor, o que te faz feliz?

por Bruna Aguiar.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Como Fica Esse Tal De Amor?

Era uma vez uma garota. Era uma vez um garoto. Por alguma razão cósmica, ou porque os deuses quiseram, um dia eles se conheceram. Apaixonaram-se, casaram e viveram felizes para sempre. Essas coisas não existem! Encontros por acaso? Pessoas que estão pré-destinadas a ficarem juntas? Não! Isso é marketing, coisas que filmes água-com-açúcar e livros toscos sobre vampiros metrossexuais e meninas princesas fazem você acreditar que existem.

Na vida real as pessoas estão cada vez mais desacreditadas no amor. Talvez porque o mundo esteja repleto de holofotes brilhantes e chamativos que nos convidam ao “pecado”, à traição, à luxúria, dentre outras tantas coisas.

Se a história do garoto e da garota ocorresse no século XXI, muita coisa seria diferente. Se na fila do pão sua moeda caiu, e um homem de 20 anos pegou, tirou o chapeu pra você, e hoje você está sentada ao lado dele fazendo os preparativos para a festa de Bodas De Ouro e não acordou depois de algumas horas, você teve sorte. Muita sorte. Às vezes acontece de o acaso estar do nosso lado.

Digamos que ele anda meio nervoso. Ou os casais estão abusando de seu árduo trabalho de unir os pombinhos. O fato é que grande parte dos casamentos (como no caso da garota e do garoto) acabam em separação. Vale lembrar de “sábios provérbios”nessas horas, como “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. É claro que meter amantes no meio não ajuda em nada também.

Caro amigo(a), concluo dizendo que, se não deu certo, é melhor pular pra próxima. Ninguém é perfeito pra ninguém, e você nunca vai achar alguém assim. Mas, com sorte, vai achar alguém por quem os “perrengues” valham a pena (e isso inclui a toalha na cama, a tampa do vaso levantada e as calcinhas beges penduradas no Box do banheiro). O amor é ótimo, mas é complicado. Mas isso só se for amor. Pegações de uma noite só, querido(a), não são significados de amor. Entenda isso, pelo amor de Deus.

O Novo Ópio

“A religião é o ópio do povo.” Essa frase que um dia fora tão comum, hoje é vista em livros de história e programas de TV que tratam de civilizações antigas. Não é que a sociedade atual não sinta mais necessidade de um “ópio”. O que tem ocorrido ultimamente é uma substituição da religião pela ciência, que, por apresentar respostas com fundamentos lógicos, tem recebido mais “fieis”.

A verdade é que quanto mais as pessoas se convertem para a ciência deixando de lado os dogmas da Igreja, mais elas se sentem sozinhas, pois, diferentemente da religião, a ciência não acolhe. Ela esfrega fatos que mudam as vidas de milhares de pessoas com frieza, sem se importar com a essência humana, que está, como diz a religião, na alma.

Se a sociedade hoje condena a Igreja por ser obsoleta, é porque tem como base os conhecimentos científicos, que evoluem significativamente a cada semana que se passa. A Igreja tenta se adaptar às boas novas que a ciência traz, como fez o Papa Bento XVI ao aceitar o uso da camisinha como método de prevenção da AIDS. Pobre instituição milenar atrasada que não aceita o uso do preservativo como método contraceptivo. Isso seria demais para que ele agüentasse.

Religiosos fanáticos não admitem que se a ciência e a mentalidade humana não tivessem evoluído, sua instituição estaria queimando mulheres vivas até hoje, e cientistas fanáticos não assumem que a “partícula da vida” pode ser o que a Igreja chama de “Deus”.

Mas, afinal, pra que serve a religião? E a ciência? Acredito que a religião seja, para a maioria das pessoas, algo para acreditar. Uma esperança nesse mundo em que guerras, assaltos, assassinatos e crueldades são doses diárias de realidade. A busca incansável pelo inalcançável. Já a ciência, pode ser a ambição humana por respostas, pela tecnologia, pelo novo.

Entretanto, quanto mais respostas, mais perguntas virão, e esse ciclo se perpetuará até o fim dos tempos. Quantos cientistas vão morrer sem saber a resposta chave para o que estavam procurando? E, agora, pergunto: Duas pernas que movem o mundo não podem andar juntas?