Talvez se tivéssemos prestado atenção enquanto aconteciam discursos de ambientalistas não estaríamos nesta situação. Se cuidássemos mais do que é nosso, não estaríamos precisando de tanta ajuda. Ajuda. De quem? Do governo? Das Nações Unidas? Ou da nossa própria consciência, que só nos diria o quanto fomos egoístas durante os anos “iluminados” de nossas vidas? A verdade é que ninguém se importava. Ninguém acreditava que um dia o planeta Terra se tornaria o caos prometido caso não tomássemos uma atitude. E, ainda hoje, nessa situação, os ingratos donos do mundo continuam agindo como se não estivessem lidando com conseqüências de seus próprios atos.
60 anos depois dos grandes avanços tecnológicos que nos derrubaram, não sou eu pagando por meus pecados. E sim, meus filhos. Os filhos dos meus filhos. Os seus filhos. E filhos dos seus filhos.
A situação ambiental que antes era tratada como “eu não faço diferença” ou “não fui eu”, hoje se torna “migrar ou morrer”. Salvar o planeta não é mais uma opção. Ele foi machucado, dilacerado, derrotado, destruído. Completamente.
A nova estação de vida criada em Marte se torna fuga de milhares de sobreviventes ricos e prepotentes, que se acham mais merecedores de vida do que nós, pobres mortais da Terra. E os terráqueos que aqui sobram, perguntam: “Não basta destruir uma atmosfera?” E penso que a resposta elaborada seja “Não”. Os humanos ainda não destruíram uma atmosfera artificial. Os novos habitantes do universo na metade do século XXI não conhecem um urso polar. O animal, que nos meus tempos era visto como “perigo de extinção”, hoje é praticamente um dinossauro. Tem sua existência questionada.
Invernos frios e nevados, assim como verões amenos com praia, sol e vento se tornaram apenas folclores de uma velha avó que passou por isso há 50 anos. Os invernos não são mais frios ou nevados, e os verões são tão quentes, que se tornou praticamente impossível sair ao ar livre nessa época do ano. Se bem que “ar livre” é um conceito praticamente esquecido.
A culpa só bate depois que nós, sobreviventes, vemos a seleção natural da pré-história voltando a todo vapor. O que antes não passava de sensacionalismo, agora é realidade. Milhares de pessoas morrendo por falta de água, e outros milhões perdendo tudo em grandes catástrofes naturais, que se tornaram tão freqüentes depois de tantas trapalhadas que fizemos na pobre e sofrida Mãe Natureza. Sofrida como nós, vítimas de nosso próprio prazer momentâneo de destruir o que era nosso por direito. A diferença é que ela, a Terra, só tentou tornar a vida cada vez mais possível para nós, seus assassinos. Sem sucesso, é claro.
bullshit
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